Apesar de apresentar subidas repentinas no volume de água, o Rio Solimões continua secando na região da tríplice fronteira entre o Brasil, Peru e Colômbia.

Desde o mês de junho, quando começou o processo de estiagem na região, o nível do Rio Solimões tem variado. Conhecido como repiquete, essas subidas repentinas duram, em média, três dias. A última elevação ocorreu entre os dias 11 e 13 de julho, quando o rio subiu dezessete centímetros.

O Solimões voltou a secar no último domingo (14) e até segunda-feira (15), baixou mais seis centímetros, atingindo a cota de 5,76m.

Dos vinte municípios em situação de emergência no Amazonas por causa da estiagem, sete estão na região do Alto Solimões. Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.

Por causa da seca, algumas embarcações que trazem cargas e passageiros de Manaus não estão viajando mais para a cidade de Benjamin Constant. Algumas comunidades rurais já enfrentam dificuldades de acesso fluvial para chegar as sedes dos municípios.

O menor nível registrado no Rio Solimões pelo Serviço Geológico do Brasil foi em 11 de outubro de 2010, quando as águas chegaram a cota de -0,86m.

20 cidades em emergência

Por conta a estiagem, o Amazonas decretou estado de emergência em 20 municípios, situados nas calhas do Juruá, Purus e alto Solimões, por conta da seca que atinge os rios no estado. O decreto têm duração de 180 dias.

Além disso, o governo também decretou emergência ambiental no estado devido as queimadas registradas no sul do Amazonas, Manaus e região metropolitana.

Fonte Assessoria de Imprensa